Sobre o dia do índio (19 de abril)

Posted by: Rafael / Category:

Quando os portugueses chegaram ao Brasil em 1500, encontraram uma natureza exuberante e um povo nativo muito diferente do europeu.

Como acreditavam ter chegado à Índia, que era o destino de sua viagem, apelidaram este povo de índio. Para os colonizadores europeus, todos os nativos eram índios. Essa generalização proposital favoreceu a dominação destes povos. Na verdade existiam muitas nações, etnias e grupos diferentes. Estes grupos formavam um universo completamente heterogêneo, disputavam territórios, e possuíam cultura e idiomas próprios.

No início, os europeus se aproveitaram desta diversidade e usaram o índio como aliado. Porém, logo decidiram torná-lo escravo e, nesta luta, inúmeras populações foram praticamente dizimadas.

Segundo a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), no Brasil vivem hoje cerca de 345 mil índios, distribuídos entre 215 sociedades indígenas. Estes números representam cerca de 0,2% da população brasileira.

Estes dados referem-se apenas àqueles indígenas que vivem em reservas. De acordo com a FUNAI, há estimativas de que um número entre 100 mil e 190 mil vivam hoje fora das aldeias indígenas, inclusive em áreas urbanas. Há também indícios da existência de aproximadamente 53 grupos ainda não contatados.

O Dia do Índio foi instituído em 1940, durante o I Congresso Indigenista Interamericano, no México. No Brasil, a data passou a valer a partir de 1943, por decreto do então presidente Getúlio Vargas, depois da insistência do Marechal Cândido Rondon, um dos primeiros a se preocupar com essa questão no país.

A realidade indígena hoje é diferente de quando eles eram os donos desta terra. Obrigados a viver em áreas cada vez menores, os índios foram, gradativamente, perdendo seus hábitos e costumes. O contato com o homem branco contribuiu para essa aculturação, além de trazer doenças e outros males para dentro das aldeias. Muitos índios buscaram fugir da miséria migrando para os grandes centros urbanos. Mas, vítimas de preconceito e sem conseguir se integrar, transformaram-se em indigentes. Um triste jogo de palavras que em nada lembra os tempos gloriosos de guerreiros e caçadas.


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